segunda-feira, 21 de maio de 2007

Condições Sociais da Exclusão

“…é preciso enfrentar seriamente o problema da
diversidade sociocultural dos estudantes”

Existem algumas limitações relativamente altas nas instituições, no que diz respeito a capacidade de contribuir para a melhoria da condição social das culturas menos privilegiadas na hierarquia dos recursos culturais। Esse quadro vem a se agravar nas comunidades rurais, em bairros de habitação social e locais de concentração de famílias portadoras das marcas da desqualificação aguda, somados ao despreparo de alguns dos agentes educacionais, que não foram minimamente preparados para estás situações, o panorama somente piora.

Diante de toda essa diversidade cultural que coabita no país, urge a necessidade de serem repensados os métodos educacionais. O insucesso escolar acaba por ser fomentado por essa pluralidade. O método generalista estabelecido não consegue envolver a todos e põem à margem dessa educação alguém que não se reconhece em meio às figuras que encontra nos livros. Muitas vezes este aluno é envolvido numa perspectiva pré-concebida, onde a certeza de seu fracasso parte do próprio agente educacional. Por achar que esse aluno é incapaz, “tratá-lo-á de maneira diferente que aquela adoptada para com os demais” tornando-se assim factor de alta influência neste insucesso.

Pois fica prioritário atacar os princípios estruturados que regem as relações de poder entre as classes, nomeadamente as desigualdade das condições de aprendizagem. Que beneficiam alguns e detrimento de outros. Tornando largo as paredes que dividem o trabalho intelectual do trabalho braçal. Pois aqueles que pertencem a cultura corrente, transitam sem muitos problemas pelo período escolar, por reconhecer-se no método, tem maiores oportunidades no mercado de trabalho. Pois os índices de desemprego são significantemente menores entre os possuidores de um diploma académico, do que entre os que abandonam a escola ou mesmo aqueles que tem uma escolaridade obrigatória.

Longe de um resultado, a sociedade arma-se com soluções de efeito duvidoso que trabalhadas ao curto prazo, permanecem longe de dar um resultado satisfatório. Ficam então conhecidos dos filhos, a mesma fórmula que um dia excluiu os seus pais. A engrenagem do fracasso acaba persistindo por gerações, fazendo com que os jovens sejam expostos ao, quase certo, desemprego ou, que transite de emprego em emprego sem segurança ou qualquer outra certeza. Esses são postos de lado pela sociedade, numa quantidade sempre crescente. É necessário reformular políticas de relacionamento interculturais que possibilitem um maior equilíbrio entre as classes.

1 comentários:

Mr. Leo Crow disse...

hmmm... Vejo isso como uma esperteza burra da menoria dominante, os efeitos colaterais desse tipo de estratégia são viscerais!