segunda-feira, 4 de junho de 2007

O2O na Política

"One Two One, argh!..."

Viver sem marketing? Impossível! O marketing faz parte da nossa vida e é quase legítimo dizer que todos os passos que damos são, de algum modo, influenciados por técnicas de marketing. As pessoas começaram a ganhar consciência de que é mais fácil passar mensagens estruturadas e específicas para quem se quer dirigir.

«O melhor exemplo de marketing O2O são os namorados porque dizem aquilo que o outro quer ouvir e quando não dizem há pequenas discussões. As pessoas vivem uma para a outra e cada uma "vende" aquilo que tem para vender e a melhor maneira de vender é sabendo, porque já estudou, aquilo que o outro compra».
(Eduardo Madeira Correia)

No marketing político, temos primeiro de perceber que a grande diferença que existe é a de que se está a pensar com um candidato e não num produto, mas basicamente as técnicas são as mesmas.

"Quando nós vendemos um detergente dizemos que ele tira melhor as nódoas, faz mais branco e que dá menos trabalho na lavagem. No caso do político dizemos que ele tira melhor as nódoas porque é incorruptível, faz mais branco porque sabe o que quer e dá menos trabalho às pessoas porque podem confiar nele. No fundo, as mensagens e as técnicas são rigorosamente as mesmas com destinatários diferentes", explica Eduardo Madeira Correia.

Deste modo, também é possível identificar técnicas de marketing O2O na política. O marketing O2O dos políticos é feito quando eles fazem as visitas e falam com as pessoas uma a uma e tentam resolver os problemas um a um. Os políticos cada vez mais dirigem-se aos consumidores com mensagens estruturadas, procurando despertar no consumidor um reconhecimento.

A ideia é ficar a pensar que o político Z conhece o meu problema, enquanto consumidor. A sua campanha é uma resposta a esse problema. Neste caso, possivelmente, o político tem o meu voto porque ele foi capaz de identificar o meu problema e encontrar solução - dirigiu-se a mim.

Esta forma de pensar nas campanhas é marketing O2O. Outro exemplo dado por Madeira Correia refere-se aos comícios ingleses. Nestes, "as pessoas fazem perguntas e a resposta dos políticos é para aquela pergunta e para aquela pessoa - isto é marketing O2O. Responder e dar satisfação à necessidade manifestada por uma pessoa. Os ingleses são especialistas no marketing político O2O porque, como têm os deputados por círculos uninominais, eles vão visitar as pessoas a casa e fazem isso desde tempos imemoriais. Ainda não se falava em marketing O2O, mas já se praticava. Iam a casa das pessoas e perguntavam quais eram os problemas e comprometiam-se a resolvê-los. Tal como fazem os padres nas províncias. A tradição é, na Páscoa, o padre ir visitar os seus paroquianos. Os paroquianos visitam o padre durante o ano todo e, na Páscoa, o padre vai a casa de cada um e deve mostrar que conhece a vida dos paroquianos para conseguir "vender" a sua fé e a religião. Este é um exemplo de marketing O2O".

2 comentários:

Mr. Leo Crow disse...

Esse é um ponto de vista (o do marketeiro) mas, reforçando seu tipo de abordagem, acredito muito que todo relacionamento interpessoal provido de linguagem verbal ou não, tem como essência o marketing. Ponho fé que a questão política se resolveria no tratado de altruísmo, no qual todo político seria um verdadeiro cidadão do mundo e abastecido pela sociedade de resultados e apenas os recursos básicos para uma sobrevivência digna. Ahhh como é bom deveneiar!

daniel john disse...

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